O governo federal decidiu adiar o Concurso Público Nacional Unificado (CNU), conhecido como o Enem dos Concursos, que estava previsto para ser realizado em todo o Brasil neste domingo (5), em razão das chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul.
Nesta tarde, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, e o ministro da Secretária de Comunicação, Paulo Pimenta, vão realizar uma coletiva de imprensa para detalhar o cancelamento do certame e a nova data de prova.
Na quinta-feira, o ministério responsável pela prova chegou a informar em nota que a prova estava mantida, mas após a pressão de deputados do Rio Grande do Sul e de uma ala do governo, a decisão foi adiar a realização do concurso.
Segundo balanço divulgado nesta tarde, 37 pessoas morreram, 74 pessoas estão desaparecidas e outras 74 estão feridas. Mais de 24 mil pessoas estão fora de casa, sendo 7.949 pessoas em abrigos e 17.087 desalojados (na casa de familiares ou amigos).
Cerca de 235 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema por conta da forte chuva na região, afetando 351,6 mil pessoas.
Em resposta à situação emergencial, o governo estadual decretou estado de calamidade pública na quarta-feira, com duração de 180 dias. Este decreto estipula que os órgãos e entidades da administração pública estadual devem oferecer assistência imediata às áreas afetadas, em estreita colaboração com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.
Na manhã desta sexta-feira, Paulo Pimenta afirmou que um possível adiamento da prova custaria R$ 50 milhões à União. O edital do CNU não prevê reeaplicação das provas, mesmo em casos de desastres naturais, como as chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. Das 2,1 milhões de inscritos, 80.348 inscrições são do Rio Grande do Sul.