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Manejo florestal sustentável garante geração de renda a populações tradicionais em Oriximiná

Durante três dias foram realizadas capacitações sobre o manejo sustentável da copaíba e boas práticas do cumaru.

Por Redação/Diário do Tapajós em 24/09/2024 às 19:05:16
Foto: Dzawi Filmes/Imaflora

Foto: Dzawi Filmes/Imaflora

Capacitar jovens e adultos das comunidades tradicionais de Oriximiná (PA) em boas práticas de manejo florestal sustentável, respeitando seu modo de vida, preservando a floresta e gerando renda a partir dos produtos da sociobiodiversidade, foi o objetivo de um curso realizado pelo Programa Florestas de Valor do Imaflora, em parceria com a Cooperativa Mista dos Povos e Populações Tradicionais da Calha Norte (Coopaflora).

Durante três dias, extrativistas e agricultores familiares fizeram uma imersão sobre as boas práticas da extração do óleo da copaíba, do mapeamento da área produtiva a partir do uso do sistema de posicionamento global (GPS), além da coleta e manejo correto do cumaru e de produtos da sociobiodiversidade para uso em cosméticos, culinária, medicina popular e pesquisa científica para aproveitamento medicinal.

Liderança dentro do território quilombola (TQ) do Ariramba, Mariano dos Santos Oliveira, aprendeu desde cedo os cuidados com a terra, de onde tira o sustento da família por meio da agricultura familiar e agora, busca mais conhecimento sobre as boas práticas de manejo dos produtos florestais.

"É só através de um curso como esse que a gente vai entender o que a floresta tem de valor. É de suma importância para o desenvolvimento do território, valorizar e conhecer quanto a gente tem de produto, que muitas vezes estragam ou são extraviados, e a gente tá aqui para aprender e trabalhar", disse Mariano dos Santos Oliveira que ficou atento a cada detalhe.

Se de um lado a voz da experiência buscava novos conhecimentos, do outro, a troca de saberes promovia uma maior interação entre os participantes, assim o jovem Davi Guedes Oliveira aprendeu a navegação por meio do sistema de localização que tem o poder de interligar um ponto ao outro, ou seja, o GPS.

"Na prática a gente trabalhou o uso do GPS, tirou os pontos (coordenadas) das copaibeiras e aprendeu a fazer o manejo correto para extrair a copaíba e também sobre o cumaru, que a gente aprendeu que tem um tempo correto para poder quebrar o fruto e extrair a semente", frisou David Guedes Oliveira.

O curso trouxe, ainda, a adoção das boas práticas de manejo sustentável entre os participantes, que poderão atuar como multiplicadores do manejo sustentável da copaíba e do cumaru junto aos demais comunitários, fortalecendo os elos das cadeiras produtivas e promovendo a geração de renda.

Foto: Dzawi Filmes/Imaflora

Ascom/Imaflora

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