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Ufopa promove campanha de adoção de gatos nesta quinta

A ação está aberta ao público e à comunidade acadêmica e será realizada das 8 às 17 horas na Unidade Tapajós

Por Redação/Diário do Tapajós em 11/11/2024 às 16:36:23

A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e o projeto de extensão "Peludinhos da Ufopa" realizam no dia 14 de novembro de 2024, em Santarém (PA), a campanha "Adote um peludinho universitário: inteligente como você", que visa a promover a adoção responsável de animais domésticos errantes que vivem na Universidade. Aberta ao público e à comunidade acadêmica, a campanha ocorrerá das 8 às 17 horas na Unidade Tapajós, situada no bairro do Salé.

Nesta primeira etapa, serão disponibilizados para adoção responsável 20 gatos dóceis e saudáveis, todos vacinados, vermifugados e castrados (adultos), entre machos e fêmeas. Será possível adotar filhotes também, se disponíveis. A iniciativa tem como objetivo reduzir a população de felinos que vivem na Unidade Tapajós, estimada em pouco mais de uma centena de animais, o que causa preocupação com relação à saúde coletiva da comunidade acadêmica e, também, com a segurança e bem-estar animal.

"A campanha de adoção faz parte de um grande plano de ação da universidade, que visa a reduzir a quantidade de animais errantes dentro da Unidade Tapajós, particularmente de felinos. A nossa meta é reduzir em 50% essa população até o final do ano", afirma a vice-reitora da Ufopa, Solange Ximenes.

A campanha foi pensada em parceria com o projeto "Peludinhos da Ufopa", que cuida de animais domésticos de vida livre que já habitam a instituição, e conta com a participação da Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV) e da Superintendência de Infraestrutura (Sinfra), além de outros setores. "Temos um conjunto de setores mobilizados para garantir uma convivência mais saudável com os animais dentro da universidade. Com essa ação conjunta, pretendemos não apenas reduzir a população de animais, mas também melhorar o bem-estar animal e promover um convívio harmonioso e sustentável entre a comunidade acadêmica e os animais de vida livre", esclarece Solange Ximenes.

"A nossa instituição não é um local adequado para receber animais. Por isso, estamos promovendo a campanha de adoção, para reduzir o quantitativo de animais errantes dentro do campus, além de outras medidas voltadas, prioritariamente, para o bem-estar e saúde dos servidores", afirma Wania Cristina Rodrigues da Silva, diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV) da Ufopa. "A gente precisa garantir que não ocorram episódios que coloquem em risco a saúde da comunidade acadêmica, como urina e fezes espalhadas pelos espaços de convívio social dos servidores, alunos e terceirizados", alerta.

Segundo a servidora, outras medidas estão sendo tomadas para evitar a proliferação de doenças e o abandono de animais, como, por exemplo, a desmobilização de abrigos construídos dentro da Unidade Tapajós. "Pretendemos também fomentar campanhas educativas, orientando a adoção responsável de animais domésticos, garantindo o bem-estar desses animais fora da instituição", esclarece.

"Ao garantirmos a melhoria da qualidade de vida dos servidores, teremos o direito dos animais garantido. Por isso, também estamos trabalhando, dentro do nosso plano de ação, na ampliação do monitoramento das áreas da Unidade Tapajós para evitar o abandono e, consequentemente, maus-tratos de animais aqui dentro da instituição", afirma Solange Ximenes.

Peludinhos – Parte dessa fauna, considerada dócil, é monitorada diariamente pela equipe do projeto de extensão universitária "Peludinhos da Ufopa". Coordenado pela professora Cintya de Azambuja Martins, do Instituto de Engenharia e Geociências (IEG), o projeto cuidar e alimenta os animais de vida livre que já habitam na instituição, buscando a castração quando necessário e incentivando a adoção responsável. "Somos um projeto de extensão universitária composto por voluntários que se preocupam e cuidam dos animais de vida livre que vivem na Ufopa. É um trabalho exaustivo e, também, recompensador. Estamos sempre acompanhando esses animais, todos os dias da semana. A gente sabe que a Ufopa não é o local ideal para eles, por isso a gente visa à adoção sempre", afirma.

Com uma equipe de voluntários formados por servidores, alunos e terceirizados da Ufopa, além de outros colaboradores, o projeto também promove continuamente feiras de adoção e castração de animais, em parceria com o castra-móvel da Prefeitura Municipal de Santarém (Semsa), além de eventos acadêmicos de ensino e de pesquisa que incentivam o desenvolvimento de práticas de cuidados e tratamentos para com os pets. "Não somos uma organização não governamental de acolhimento de animais abandonados. Não recebemos animais domésticos, nem incentivamos o abandono desses animais na universidade. Somos contra qualquer tipo de violência e maus-tratos", esclarece Cyntia Martins.

Outras ações – O plano de ação também prevê a setorização dos espaços de alimentação dos animais, que passará a ser centralizada no novo espaço do projeto "Peludinhos da Ufopa". A ideia é conduzir os animais para esse local, facilitando a alimentação, monitoramento e cuidados, além das práticas de adoção e orientação dos novos tutores. "É fundamental que esses animais tenham um espaço próprio. Isso será muito bom porque facilitará o manejo e controle dos animais, o contato com os tutores e o processo de adoção", afirma Cyntia Martins.

A reorganização dos espaços de alimentação dos felinos e a estruturação de um espaço próprio para o projeto "Peludinhos da Ufopa" são ações já em andamento. No dia 30 de outubro, foram retirados os pontos de alimentação localizados no Bloco Modular Tapajós II (BMT II), no prédio do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC), na cantina do Bloco de Salas Especiais (BSE) e do Núcleo de Salas de Aula (NSA). "Na segunda etapa, iremos retirar os demais espaços de alimentação existentes dentro do campus", explica Solange Ximenes.

Abandono – A campanha também serve de alerta para o contínuo abandono de animais domésticos dentro da área da Ufopa, especialmente da Unidade Tapajós, situada no bairro do Salé, em Santarém (PA), o que configura crime ambiental passível de punição. No Brasil, o abandono de animais é crime punível com reclusão, de acordo com o artigo 32, parágrafo 1º, da Lei nº 9.605/98. "Praticamente todos os dias temos notícias de abandono de animais na Ufopa", alerta Cyntia Martins.

Para combater o descarte e os maus-tratos de animais dentro da instituição de animais, a Ufopa tem investido em ações de videomonitoramento, por meio de câmeras de segurança espalhadas pela Unidade Tapajós. "Com relação a novos abandonos dentro da Universidade, além do acompanhamento das situações de abandono, serão tomadas as medidas administrativas e legais previstas, aquilo que recomenda a legislação", afirma Solange Ximenes.

Após reunião realizada com o projeto "Peludinhos da Ufopa" no dia 29 de outubro, ficou acordado também que novas situações de abandono serão tratadas junto ao Centro de Controle de Zoonoses de Santarém. Isso significa que os novos animais abandonados não serão mais incorporados ao "Peludinhos da Ufopa". "O projeto vai cuidar dos animais que já existem aqui na Universidade e os que, futuramente, vierem a ser abandonados na Unidade Tapajós serão encaminhados para o CCZ", esclarece Ximenes.

Uma segunda ação de adoção responsável está prevista para ocorrer no âmbito da campanha Dezembro Verde, mês de conscientização sobre o abandono e maus-tratos de animais, que tem como objetivo promover ações educativas e reflexão sobre o tema. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam cerca de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, sendo 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos.

Comunicação/Ufopa

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