Organizado pelos docentes do curso de Gestão Pública e Desenvolvimento Regional do Instituto de Ciências da Sociedade (ICS) da Ufopa, o "Puxirum de Ideias" ocorrerá no próximo 7 de março, a partir das 19h, no Quintal Sapucaia, localizado na Av. São Sebastião, nº 1233 (entre 7 de Setembro e Morais Sarmento), na semana do "Dia Internacional da Mulher".
O "Puxirum de Ideias" tem como objetivo tornar pública a produção da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) para além dos muros da instituição, com vistas a estabelecer trocas e diálogos com a sociedade do município. O lançamento coletivo também consiste em uma singela homenagem aos 43 anos de existência do Instituto Cultural Boanerges Sena (ICBS), iniciativa animada por Cristovam Sena e família.
Entre os livros que estarão expostos e disponíveis para venda, constam:
Pós-desenvolvimento e bem viver na Amazônia: aspectos teóricos e perspectivas aplicadas, organizado por Gisele Alves (ICS/Gestão Pública). A obra é fruto de trabalho colaborativo entre docentes e discentes da universidade a partir das atividades do grupo de pesquisa "Críticas e Alternativas ao Desenvolvimento na Amazônia (CADES)", criado em 2017. O grupo nasceu para estudar, descrever e analisar as práticas sociais comunitárias vivenciadas na Amazônia, em específico na região Oeste do estado do Pará, sob a lente teórica do pós-desenvolvimento e sob a perspectiva prática das experiências de bem viver ao redor do mundo, registrando práticas sociais de comunidades que possuem formas alternativas de organização da vida social, distantes dos ditames do desenvolvimento hegemônico.
Amazônia: espaço-estoque, a negação da vida e esperanças teimosas, de Raimunda Monteiro, docente do curso de Gestão Pública e ex-reitora da Ufopa, atualmente cedida ao Governo Federal, em Brasília. A obra trata do modelo de integração da Amazônia ao Brasil e ao mundo e das consequências para os seus povos, no contexto dos 50 anos de construção da Rodovia Transamazônica. Exploração, ocupação desordenada, violência contra os povos, devastação e destruição ambiental ocupam muitas das páginas, que abrem espaço também para falar de esperança. O livro é o resultado de estágio pós-doutoral na Universidade de Coimbra (Portugal).
O mundo encantado do Catalendas, de Jorgelene Santos, jornalista da Assessoria de Comunicação da Ufopa e doutora pela Universidade Fernando Pessoa (UFP – Porto, Portugal) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O livro é resultado da dissertação de mestrado defendida pela jornalista e pesquisadora, em 2008, no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (área de concentração Antropologia Social) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Pará (UFPA). A obra foi publicada pela Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOE).
A Pérola do Tapajós em verso e prosa, organizado por Anselmo Alencar Colares e Maria Lília Imbiriba Sousa Colares. A publicação é uma homenagem à cidade de Santarém e reúne trabalhos em diferentes formatos cujo enfoque é a Pérola do Tapajós. Os organizadores são docentes do Instituto de Ciências da Educação (Iced) da Ufopa.
Santarém: dinâmicas da ocupação e uso do território (1542-2020) (editora CRV, Curitiba, 2021), de Márcio Benassuly (ICS/Gestão Pública). Em sete capítulos, a publicação aborda as dinâmicas da ocupação e uso do território em Santarém (PA) a partir de 1542, data do primeiro relato de contato entre europeus e os índios Tupaius em território santareno; o marco temporal final é o ano de 2020.
"Isso tudo é encantado: Histórias, Memórias e Conhecimentos dos Povos Amazônicos". Produzida pelo projeto de extensão "Hora do Xibé", vinculado ao Núcleo Sacaca, a publicação reúne relatos feitos por indígenas e moradores de comunidades tradicionais da região sobre suas crenças e suas culturas. Os autores são os professores Florêncio Vaz e Luciana Carvalho (ICS/Antropologia).
Tupaiulândia, de Paulo Rodrigues dos Santos, é uma das principais obras que contam a história de Santaré, fundada em junho de 1661 pelo padre jesuíta luxemburguês João Felipe Bettendorff. Publicada originalmente em 1972, ganhou outras edições em 1974 e 1999. Foi o resultado de mais de 40 anos de anotações e pesquisas do autor, falecido ainda nos anos 1970, e que deixou um profundo legado para a memória e cultura local. A edição é de Cristovam Sena, editor e mantenedor do Instituto Cultural Boanerges Sena (ICBS).
A destruição da Amazônia pela besta fera do capital e outros cordéis, do dirigente sindical e ambientalista Francisco Valter Pinheiro Gomes, conhecido como Ceará do Pará, é o segundo livro do projeto de extensão Luta pela Terra na Amazônia. Coordenado por Rogério Almeida (ICS/Gestão Pública), teve a contribuição das extensionistas Glenda Flávia Guimarães Cunha, Luana Vitória de Sousa Brito, Bianca Emanuelle Bezerra da Silva e Yasmin de Souza Corrêa, em dialogo com o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Marabá e docentes da Faculdade de Educação do Campo da Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará). Outro livro de Almeida a ser publicado durante o evento é Crônicas sobre o trecho, coletânea de 70 crônicas reunidas ao longo de várias jornadas em diferentes regiões do estado do Pará e vizinhança. As anotações encarnam uma espécie de diário de bordo. Em períodos curtos e urgentes, assim como a maioria dos parágrafos, os escritos são registros telegráficos, como se o escriba estivesse em fuga. Em suas errâncias, Almeida manifesta o zelo pela arte da escuta e da observação.
As informações são da Ufopa