Por Ana Carolina Maia
O Brasil é o terceiro lugar no quesito paixão por pets, de acordo com uma pesquisa recente, 14 milhões de pessoas tem algum animal de estimação seja gato ou cachorro. Na maioria das vezes o bichinho se torna parte da família e é comum os pets acompanharem os tutores em viagens, deslocamentos, mudanças de cidade ou estado. Para que o traslado do animal ocorra de maneira segura, responsável e saudável, a veterinária, Dra. Antonieta Acioli orienta sobre os cuidados e quais procedimentos devem ser adotados pelos tutores.
A primeira providência é realizar um check up completo no animal e isso inclui exames médicos e laboratoriais e principalmente verificar se o calendário vacinal está em dia. Em território nacional é obrigatório que o dono ou tutor imunize o pet com a vacina antirrábica e apresente o Atestado Sanitário, comprovando que o animal está livre de parasitas, vermes e demais doenças.
"A exigência é de que até trinta dias antes da viagem o cachorro esteja com a vacina em dia e apresente comprovante na hora de embarcar. O animal deve estar saudável para poder viajar de avião", destaca a veterinária.
Transporte interestaduais em barcos, carros e ônibus, seguem normas rígidas como a apresentação da Guia de Transporte Animal (GTA), obtida através da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (ADEPARÁ), com a todas as informações do animal e também do tutor. Os pets devem estar devidamente colocados na caixa e de forma alguma podem ir livremente nos assentos, o responsável que for flagrado transportando o animal nessa situação poderá ser multado.
Um fator importante é sobre o armazenamento do animal, segundo Acioli, hoje o mercado disponibiliza vários tamanhos, modelos e carcas de caixas de transporte. Animais com 10kg estão autorizados a viajar junto com o tutor dentro do avião, os que pesam acima de 10kg são despachados como bagagem no porão da aeronave. "O ideal é escolher o tamanho que comporte o peso e o tamanho do bicho para que durante o trajeto o cachorro possa ficar confortável", pontua Acioli.
A alimentação também pode influenciar na saúde dos animais durante o voo e levar a consequências fatais. Outro ponto de atenção: falta de alimentação, dieta pobre em nutrientes e longos jejuns. Os tutores devem se informar a respeito da temperatura, calor, estresse, umidade impactam diretamente no bem-estar dos pets.
O caso Joca
A morte do golden retriever Joca, comoveu o país após um erro grave cometido pela empresa aérea Gol. O pet tinha como destino a cidade de Sinop, Mato Grosso, o animal morreu durante o transporte e estava com a etiqueta da caixa trocada e com destino Manaus.
Joca deveria encontrar o tutor, João Fantazzini, no Mato Grosso, mas acabou indo parar em Fortaleza, capital do Ceará. O cão e o tutor viajaram em voos separados e o golden estava em um compartimento de transporte.
O caso está sendo apurado pelas autoridades competentes.