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Amazonas, o Maior Rio do Mundo

Revivendo a História: Longa-metragem de 1918 terá trilha sonora ao vivo em estreia especial em Santarém

O filme será exibido no Auditório Maestro Wilson Fonseca, na Ufopa - Campus Rondon, em 19 de junho


Em parceria com Cinemateca Brasileira, "Amazonas, o Maior Rio do Mundo" (1918), obra do cineasta Silvino Santos, terá sua estreia em Santarém (PA) na noite de 19 de junho, em comemoração ao Dia do Cinema Nacional, às 19h30 no Auditório Maestro Wilson Fonseca, na Ufopa - Campus Rondon. Esta sessão gratuita é resultado da bolsa de pesquisa concedida ao jornalista e produtor audiovisual Fábio Barbosa, premiado no Edital N.º 004/2023 – Audiovisual, art. 6o, III – Lei Paulo Gustavo.

Essa preciosidade cinematográfica havia sido considerada perdida desde a década de 1930. No entanto, em uma reviravolta emocionante, o filme foi redescoberto em 2023, na Cinemateca de Praga, na República Tcheca, e sua identidade foi confirmada pela Cinemateca Brasileira. "Como pesquisador do audiovisual em nossa região, foi empolgante testemunhar a redescoberta deste longa-metragem. Mesmo sem imagens evidentes de Santarém, ele representa um dos primeiros registros em vídeo da Amazônia e, sem dúvida, é uma viagem no tempo", ressalta Fábio Barbosa.



A trilha sonora, com arranjos do maestro Rafael Brito, foi escolhida com base em composições de músicos contemporâneos ao filme. Ela será executada ao vivo pela Camerata Arcos Amazônicos, formada por integrantes da Orquestra Filarmônica de Santarém.

"Nossos historiadores do período nos deixaram em livros muitos detalhes como era a vida e o cotidiano do povo amazônico naquele momento. Em muitos desses registros também encontramos fotografias que nos revelam paisagens naturais, casarões, pessoas e eventos marcantes. Mas ter imagens em vídeo com mais de 100 anos é extraordinário, pois nos transporta para cenas de um de uma sociedade de pioneiros, de uma vida mais simples, de cidades que ainda estavam desnudas do progresso que hoje observamos.", destaca Adson Wender Tertulino, Secretário Municipal de Cultura.



"Trata-se de uma produção audiovisual que é parte da história da Amazônia e, em um só tempo, nos permite contar essa história. É uma oportunidade única para a comunidade santarena de presenciar uma produção que nos permite identificar os caminhos percorridos por nossa sociedade. O que é a Amazônia? Como nós a inventamos e reinventamos? O que mudou? Como chegamos no ano de 2024 e enfrentamos os desafios climáticos que estamos presenciando?", reforça Alan Augusto Ribeiro, Diretor de Comunidade e Cultura da Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA/PROCCE.

Após cerca de uma década de exibições em diversos países europeus, a obra foi considerada perdida. Filmado em 1918, esta obra-prima capturou paisagens do Pará, Amazonas e da região do oriente peruano, oferecendo um mergulho cinematográfico em uma viagem fluvial pelo rio Amazonas. O filme destaca pontos emblemáticos como Belém, os campos do Marajó, Santarém, Itacoatiara, Manaus e o rio Putumayo.



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