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Operação conjunta do IBAMA e Polícia Rodoviária Federal aplica 80 milhões em multas relacionadas às queimadas ilegais no Sudoeste do Pará

Investigações identificaram diversos autores dos eventos de fogo durante o período de estiagem na região

Por Redação/Diário do Tapajós em 26/09/2024 às 10:39:34

A operação Terra Proibida - I foi deflagrada no dia 10/09 nas áreas próximas à região de Novo Progresso, com objetivo de investigar as queimadas ilegais identificadas durante o período de estiagem.

Até o momento, as investigações apontaram diversos autores dos eventos de fogo da região, e foram aplicados 80 milhões de reais em multas e embargados aproximadamente 5 mil hectares de área de vegetação nativa danificada ou destruída pelo fogo.

As equipes de fiscalização constataram e vistoriaram aproximadamente de 20.000 hectares de áreas queimadas, dentre as quais houve queima de vegetação nativa, pastagens, plantações, casas, maquinários e até animais vivos.

Além dos danos ambientais e econômicos, a fumaça que cobriu a região prejudicou a saúde da população, sendo relatado aumento de pessoas buscando atendimento médico em razão de doenças respiratórias e alergias.

Muitos dos focos iniciais de fogo começaram em propriedades que já estavam previamente embargadas por desmatamento ilegal, e vinham desrespeitando os embargos e funcionando ao arrepio da legislação ambiental.

Além das diligências em campo, a equipe do IBAMA utilizou imagens de satélite e outros recursos de geotecnologias que, associados á materialidade constatada localmente, permitiu a identificação precisa das áreas de início das queimadas e respectivas autorias

Os focos iniciais de fogo na região ocorrem em sua maioria absoluta de forma intencional e criminosa, sendo a queima utilizada para conversão de áreas recém desmatadas em pasto, bem como manutenção de pastagens já estabelecidas. No município de Novo Progresso houve mais que o dobro de focos de calor entre julho e setembro em relação ao mesmo período de 2023, conforme dados do BD Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

As autuações realizadas serão encaminhadas ao Ministério Público para persecução criminal dos infratores identificados, e a operação segue em execução, sem previsão de encerramento.

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