Neste domingo (24), em meio às celebrações do Círio de Nossa Senhora da Conceição em Santarém, a qualidade do ar atingiu níveis preocupantes, colocando a saúde da população e dos fiéis em risco. O índice PM2.5, medido pela plataforma PurpleAir, chegou a uma média de 374, classificando o ar na faixa "perigoso" do Índice de Qualidade do Ar (AQI).
De acordo com a escala da PurpleAir, um AQI acima de 300 representa uma emergência de saúde pública. Nessa condição, a exposição ao ar poluído por 24 horas pode afetar gravemente toda a população, com riscos especialmente altos para pessoas com problemas respiratórios, idosos, crianças e gestantes.
A alta concentração de partículas finas (PM2.5) é atribuída principalmente à fumaça das queimadas, que aumentam durante o período de estiagem na região amazônica. Essas partículas, invisíveis a olho nu, penetram profundamente nos pulmões e podem entrar na corrente sanguínea, causando sérios problemas respiratórios e cardiovasculares.
Especialistas alertam para cuidados imediatos
Médicos e autoridades de saúde recomendam que os moradores evitem atividades ao ar livre, mantenham janelas e portas fechadas e utilizem purificadores de ar, se disponíveis. Em casos de falta de ar, tosse persistente ou outros sintomas agravados, é essencial procurar atendimento médico imediato.
Medidas para conter a crise
O problema da qualidade do ar em Santarém reflete uma questão ambiental mais ampla, que exige ações coordenadas. Especialistas defendem um reforço na fiscalização das queimadas e campanhas educativas para reduzir as práticas que contribuem para a degradação do meio ambiente.
Enquanto isso, a Prefeitura de Santarém e órgãos ambientais ainda não emitiram novas orientações ou medidas para mitigar os impactos. A população aguarda ações emergenciais que possam aliviar a grave situação e proteger a saúde pública.