O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), felicitou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o convidou para participar da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30). O evento será realizado em Belém, capital do Pará, em novembro deste ano, e marca um momento crucial para o debate global sobre o clima.
Trump, que inicia nesta segunda-feira (20/01) seu segundo mandato como presidente, é conhecido por sua postura crítica em relação aos esforços internacionais para combater as mudanças climáticas. Apesar disso, Helder Barbalho introduziu um tom diplomático e conciliador em seu convite:
"Os Estados Unidos são a maior potência econômica mundial, o maior parceiro do Brasil nas Américas. Saudamos a posse do presidente Donald Trump e esperamos contar com sua presença na COP 30 para discutir o futuro do planeta", declarou o governador do Pará em suas redes sociais.
O governador, que também preside o Consórcio Interessante de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL), ressaltou o papel dos EUA na discussão climática global, especialmente devido ao tamanho de sua economia e à influência que o país exerce sobre as políticas ambientais internacionais.
O retorno de Trump à presidência levanta preocupações entre ambientalistas. Durante seu primeiro mandato, ele retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris, firmado em 2015 para limitar o aquecimento global. Embora a administração de Joe Biden tenha retomado o compromisso com o acordo, há receio de que Trump adote novamente uma postura de afastamento em relação às iniciativas ambientais globais.
A COP 30 em Belém é vista como um momento estratégico para avançar em temas como o financiamento climático. A expectativa é que as negociações sobre um mecanismo financeiro, iniciado na COP 29 no Azerbaijão, sejam concluídas neste ano. Esse fundo deve garantir que os países mais ricos apoiem as nações em desenvolvimento na implementação de ações ambientais e de planejamento urbano sustentável.
O grupo de Donald Trump contornou a presença de líderes conservadores, mas a relação do republicano com o governo brasileiro é delicada. Embora o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha sido convidado, ele não pôde comparecer, pois seu passaporte está retido no âmbito do inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de estado. O governo brasileiro é representado na posse de Trump pela embaixadora brasileira em Washington. Já Bolsonaro enviou a ex-primeira-dama Michelle para o evento. Uma comitiva de parlamentares conservadores também viajou para os EUA.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre a eleição de Trump durante uma reunião ministerial:
"Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos, e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o americano melhore e para que os americanos continuem a ser parceiros históricos do Brasil", ressaltou o petista.